Expansão dos data centers impulsiona HVAC-R
O Brasil tem se destacado como um dos principais destinos para investimentos em data centers na América Latina, impulsionado pela crescente demanda por serviços de computação em nuvem e inteligência artificial. Empresas nacionais e internacionais estão direcionando recursos significativos para ampliar suas infraestruturas no país.
A Ascenty, controlada pela Brookfield Asset Management e Digital Realty, opera 34 data centers na América Latina e busca financiamento adicional para expandir suas operações no Brasil. A FS, empresa brasileira de segurança cibernética, anunciou um investimento de R$ 1,8 bilhão para construir três data centers no país, motivada pela estabilidade política, disponibilidade de energia renovável e crescente demanda local.
Gigantes da tecnologia também estão ampliando sua presença no Brasil. A Amazon Web Services (AWS) planeja investir R$ 10,1 bilhões até 2034 para expandir suas operações de data center. A Microsoft anunciou um aporte de R$ 13,5 bilhões nos próximos três anos para aprimorar sua infraestrutura de nuvem e capacidades de inteligência artificial no país.
A Odata, agora parte do grupo americano Aligned, anunciou investimentos de R$ 26 bilhões até 2026, com a meta de atingir 1,3 GW de capacidade energética de TI. Sua mais recente unidade, inaugurada em Osasco (SP), incorpora tecnologias avançadas de resfriamento, incluindo um sistema que possibilita a instalação de servidores para IA.
A Elea e a Tecto também expandem sua atuação. A primeira destinará R$ 1,7 bilhão para ampliar suas instalações em São Paulo, enquanto a Tecto investe R$ 5,7 bilhões em novos data centers no Ceará e em São Paulo. Já a Scala prevê a construção de um complexo de data centers em Eldorado do Sul (RS), com potencial de expansão para até 4.750 MW.
Esses investimentos refletem diretamente no mercado de climatização e refrigeração (HVAC-R), que enfrenta o desafio de atender às exigências térmicas dessas infraestruturas de alta densidade energética. A adoção de tecnologias de resfriamento eficientes e sustentáveis é essencial para manter a operação desses centros sem comprometer a eficiência energética.
Com a contínua expansão do setor de data centers e a crescente demanda por soluções de climatização especializadas, o Brasil tende a se consolidar como um dos principais polos globais de infraestrutura digital.